
Na manhã desta segunda-feira (12), produtores rurais de 15 cidades gaúchas realizaram mobilizações simultâneas em defesa do setor agropecuário, no ato intitulado “Estiagem, Endividamento Rural e Proagro”, organizado pela FETAG, com apoio da FARSUL, Associação dos Produtores de Soja e Movimento SOS Agro. A maior concentração aconteceu em Não-Me-Toque, reunindo cerca de 500 agricultores, vindos de 19 municípios da região, em um manifesto por auxílio diante da crise no campo.
A mobilização teve como principal objetivo reivindicar medidas urgentes para amenizar os impactos da estiagem, a revogação das mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) – que dificultam o acesso ao subsídio em caso de perdas climáticas, impactando principalmente os pequenos agricultores - e a prorrogação dos prazos para pagamento das dívidas agrícolas. O movimento também defendeu a criação de um fundo emergencial para desastres climáticos, visando garantir suporte financeiro aos produtores em momentos críticos.
Apoio do Sindicato Rural de Não-Me-Toque
O Sindicato Rural de Não-Me-Toque esteve presente e atuou ativamente na mobilização, ao lado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, reforçando o compromisso com os produtores. A presidente Teodora Lütkemeyer, acompanhada por membros da diretoria, destacou a gravidade da situação enfrentada pelo setor:
"Nossos produtores estão enfrentando uma das piores crises já vistas. Ano após ano, as perdas se acumulam, os custos aumentam e as dívidas se tornam insustentáveis. Não estamos pedindo favores, mas sim condições justas para continuar produzindo e alimentando o país. O governo precisa agir antes que muitos sejam forçados a abandonar a atividade agrícola."
Dívidas acumuladas e cenário crítico
A crise no campo se agravou desde as perdas na safra de verão de 2021, devido à estiagem prolongada, que se repetiu nos anos seguintes. Em 2024, as enchentes trouxeram novos prejuízos, impossibilitando a recuperação financeira dos agricultores. Sem alternativas viáveis para quitar os compromissos com financiamentos e fornecedores, os produtores enfrentam juros elevados e dívidas que se tornaram impagáveis.
A falta de políticas eficazes pode resultar no abandono da atividade agrícola por muitos produtores, impactando não apenas o setor agro, mas toda a economia do Rio Grande do Sul.
A mobilização em Não-Me-Toque seguiu até o meio-dia, quando representantes dos agricultores entregaram a pauta de reivindicações ao gerente do Banco do Brasil. O acesso à agência não foi bloqueado durante o ato.
Diálogo em Porto Alegre
Simultaneamente às manifestações, a pauta dos produtores foi debatida em Porto Alegre, na sede da FETAG. O encontro reuniu parlamentares, representantes do agronegócio e membros dos governos estadual e federal, em busca de soluções concretas para minimizar os impactos da crise e garantir medidas de suporte ao setor.
O Sindicato Rural de Não-Me-Toque segue acompanhando as discussões e reforçando a luta por políticas que garantam a sobrevivência dos produtores rurais, essenciais para o desenvolvimento econômico e social do estado.
Informações à Imprensa:
Por Ana Cláudia Stumm - Sindicato Rural de Não-Me-Toque,
com informações de divulgação
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