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Audiência pública encaminha soluções combater a estiagem e suas consequências

A escassez hídrica no Rio Grande do Sul preocupa não só os agricultores, como entidades do setor e representantes políticos, que se reuniram na tarde de sexta-feira (11) na Expodireto Cotrijal em uma audiência pública realizada em conjunto entre as comissões de Agricultura do Senado e da Assembleia Legislativo do RS. A presidente do Sindicato Rural, Teodora Lütkemeyer, acompanhou a audiência.


Pelas estimativas da Emater/RS-Ascar, a seca deve resultar em uma safra de grãos 41,1% menor que o ciclo anterior, com recuo de 53% na produção de soja, 37,5% na de milho, 27% na primeira safra de feijão e 13,1% na produção de arroz.

O debate sobre a estiagem, consequências e busca de soluções para o problema - principalmente relacionadas ao armazenamento de água -, foram coordenados pelo senador Luiz Carlos Heinze, em conjunto com o deputado estadual Ernani Polo. Participaram deputados estaduais, federais, representantes de entidades governamentais e não governamentais e universidades. O presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, que fez um estudo amplo sobre o mapa hídrico do Estado, destacou a importância da proteção de nascentes, recuperação de bacias e perspectiva de produção de água. Já o promotor Daniel Martini destacou que o ministério público também está engajado na busca de soluções para esta questão. “Todas as instituições têm obrigação para com a sociedade de encaminhar soluções para o problema que nos é apresentado. Entendemos que o momento não é exatamente relacionado no âmbito da questão ambiental. O momento precisa de uma alteração, inclusive na percepção legislativa, precisamos ter as leis, mas precisamos ter leis que venham a incentivar bons comportamentos e condutas”. Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag, reforçou que a seca não começou em 2022, mas sim há dois anos, e que este é um problema cíclico no Estado. “Não temos planejamento estratégico ambiental e produtivo no Estado, o que precisa ser feito com urgência. Precisamos avançar em questões fundamentais, como o armazenamento de água e a irrigação, que são problemas não tão fáceis de se resolver”. Para ele, é preciso adequar as legislações estadual e federal com pagamento por serviços ambientais e com a possibilidade de usar a água preservando as APPs. O deputado Ernani Polo disse que a audiência foi um momento importante, de convergência entre todos os setores envolvidos. “Acredito muito no bom senso, no diálogo e precisamos avançar. Temos que minimizar os efeitos da seca, mantendo o cuidado com o solo e com a água, com o devido manejo, pois no solo também reservamos a água. São medidas urgentes para amparar o setor agropecuário e também os municípios que sofrem sérios prejuízos com a seca, que está se tornando recorrente no Estado”, disse. O senador Luis Carlos Heinze saiu satisfeito da audiência, com a certeza de que o que foi debatido será encaminhado para soluções concretas. “Tivemos explanações com muita propriedade, principalmente no que diz respeito à proteção das nascentes, que é fundamental nesse momento. Já avançamos bastante em algumas questões, mas temos um longo caminho ainda a ser trilhado na busca de soluções. Temos vários grupos de trabalho trabalhando nestas questões, inclusive com a participação de universidades, que vão nos ajudar na implementação das ideias e projetos. Vamos dar o encaminhamento concreto para que isso não morra aqui e vamos comemorar na próxima feira as conquistas”, finalizou.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal


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